segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

GUIÃO

Como a folha de um guião.

Tento escrever as minhas falas,

Esvaziar as minhas malas,

Criar em mim a solidão.


A minha vida escrita,

Num acto de bem querer

Que tudo não é perder.

Frases de vida transcrita.


Qual é o meu papel?

Actor de um palco infinito.

Diálogo que eu permito,

Seja ele azedo ou mel.


Sentir a ficção do mundo real,

De um filme sem sentido.

Viver um teatro comedido,

De uma novela banal.


Escreve-me tu este guião.

Não quer saber o que digo.

Peço-te como um mendigo,

Escreve-me! porque não?


7 comentários:

  1. Não queiras um palco limitado nem viver envolto na solidão. Estabelece o mundo como sendo a tua sala de espectáculos e deixa que nesse guião sejam várias as mãos que dão contornos às palavras.

    As horas têm muito mais esplendor quando as badaladas são sentidas por vários corpos.

    Beijinho***

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  2. Gostei particularmente do nome do blog...! Nem sei bem porquê! Boa escrita!
    Beijinho, Jane*

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  3. Adorei todos os poemas, particularmente este... Uma escrita muito criativa, requintada e, ao mesmo tempo, apaixonante!
    Muito bem... Continuem o bom trabalho :)

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  4. O blog está espectacular e diferente...Tertúlia do vinho quente xD

    Concordo quando dizem "Que tudo não é perder",deve-se saber levar a vida conforme ela se apresenta. =)

    Bom trabalho... =D

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  5. Parabens pelo vosso cantinho...gostei...é simplesmente agradavel ler estes poemas..
    gostei particularmente do GuiaO!!
    Parabens Filipe desconhecia este teu lado poetico!1
    abraxu
    David Pereira

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  6. Era bom podermos escrever o guião da nossa vida...criar personagens, recriar outras...mais um texto fantástico!

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  7. ola =)

    adorei este poema...
    um poema lindo que nos faz pensar!
    o blog esta fantastico!

    parabens!
    *****

    Irina Soares

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